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Devido à pandemia de Covid-19, a oficina de mídias aconteceu virtualmente durante a maior parte do ano letivo. Buscamos aproveitar as potências do modelo remoto realizando entrevistas com especialistas por meio de recursos digitais de comunicação; trabalhando a escrita em documentos compartilhados e propondo novas dinâmicas e negociações para o trabalho em dupla ou em grupo, essencial em uma redação jornalística.
Em outubro, com o avanço da vacinação de adultos e adolescentes, o desejo de reunir-se com os colegas tornou-se realidade e a equipe de repórteres do Falaí! finalmente pôde se conhecer pessoalmente.
A presença dos jovens-repórteres, no ambiente escolar, trouxe, além de um vínculo mais forte entre os membros da equipe, novas oportunidades de reflexão e produção jornalística. O espaço da Biblioteca Padre Charbonneau tornou-se ponto de encontro para as oficinas possibilitando debates coletivos, pesquisa no acervo e produção de podcasts, utilizando o estúdio de rádio da escola.
A movimentação de estudantes, educadores e saberes também estimulou os repórteres a pautarem novos temas e buscarem outros interesses. Nesse sentido, como 2021 foi o ano dos eventos esportivos — Olimpíadas, Paralimpíadas, Copa do Mundo de Futsal e, claro, a 64ª Festa dos Esportes —, apresentamos um caderno especial sobre o tema nesta edição do Falaí!
Nas próximas páginas, nosso/a leitor/a encontrará um jornal de estudantes, em sua maioria do 6° e 7° ano, que mescla pautas do ambiente escolar com assuntos de relevância para a comunidade em produções individuais, textos coletivos, reportagens escritas e mídias audiovisuais. Cada uma das reportagens, independentemente de sua forma ou conteúdo, foi produzida por membros de uma equipe de jovens repórteres, preocupados com a busca e seleção de boas fontes e com uma escrita cuidadosa e envolvente para nossos leitores.
Bom proveito!
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O Santa Cruz lançou um projeto de ampliação da diversidade racial, que espera integrar alunos negros e indígenas. O objetivo principal é deixar o Colégio mais diversificado e enriquecido, promovendo ações antirracistas.
“Esse projeto nasce de uma beleza da comunidade: um grupo de famílias começou a se reunir com uma frequência muito boa para estudar as questões da diversidade e do racismo entre nós, um grupo de professores também! Aí, eles convidaram a escola”, disse Débora Vaz, Diretora Pedagógica. Esse é um movimento que está acontecendo no mundo inteiro. Na cidade de São Paulo, há uma liga de escolas que têm se organizado para ampliar esse programa em suas instituições.
Perguntando aos alunos do Santa o que eles acham sobre o projeto, descobrimos diversas opiniões. “Eu acho muito importante, é uma forma de quebrar tanto a bolha do Santa Cruz, quanto a nossa bolha social. Trazer pessoas de minorias raciais causa uma interação muito legal, faz a experiência do Santa ficar mais enriquecida e diversa”, disse um aluno do 2° ano do Ensino Médio que conhecia o projeto. Outra aluna da mesma série relatou o que acha: “Eu também acho muito importante, ainda mais começar isso desde que as crianças são pequenas. No Ensino Médio as pessoas já têm uma opinião e estudo formados, então acho muito interessante”.
No Ensino Fundamental 2, as opiniões dos alunos são parecidas: uma aluna do 9° ano que não conhecia o projeto também deu sua opinião: “Na escola, nós vemos muito mais pessoas brancas do que negras ou indígenas”. Um estudante do 7° ano disse o que pensava: “Eu acho legal que a escola está agregando alunos de diferentes raças, e afetando as pessoas que vão entrar de forma positiva. Isso ajuda a quebrar a barreira de que a maioria dos alunos que estudam aqui é só branca”. Por fim, uma aluna do 6° falou o que pensava: “Eu conheci o projeto pela minha orientadora, a Letícia, e achei muito interessante. Eu acho importante ter uma variedade de raças, pois muitas crianças crescem achando que são melhores que as outras, sendo que são iguais a elas”. Parece que os estudantes, de todos os anos e de forma geral, estão apoiando as medidas propostas pelo Programa de Ampliação de Diversidade Racial.
A inclusão de crianças negras e indígenas na escola será feita com o uso de bolsas e cotas, iniciando-se no primeiro ano da educação infantil, o G4. Serão disponibilizadas, ao todo, 168 vagas. Elas são distribuídas da seguinte forma: 110 para alunos com vínculo com a escola, 36 em sorteio público, 10 vagas para alunos negros ou indígenas não bolsistas (5 por vínculo e 5 por sorteio). Para entender mais sobre o fundo de bolsas, acesse o vídeo do Santa Plural.
Em entrevista, Débora Vaz contou que o projeto é muito mais do que a entrada de crianças negras e indígenas na Educação Infantil. Outras medidas que compõem o programa são revisão dos materiais, contratação de profissionais na equipe pedagógica e administrativa e mudança de currículo, tendo mais debates sobre o assunto. A revisão de materiais passa por aumentar a representatividade negra e indígena desde os livros e acervos da biblioteca até os brinquedos no 1° ano. Uma mudança nas bonecas de lá aconteceu, de modo que agora tenha mais delas idosas, indígenas, negras e orientais. “Nos perguntamos como a gente se transforma em uma escola mais inclusiva, mais diversa, mas com quem vive aqui. Como a gente olha para nosso currículo, para nossos programas, para os acervos que a gente tem na biblioteca e se pergunta sobre a importância da representatividade negra e indígena, se a gente discute isso entre nós”, diz.
Débora também deixa bem claro que esse é um programa de ampliação racial, visto que já há grande número de pessoas negras nos cursos noturnos do Colégio. Ela diz que, quando se começou a discutir mais o assunto de autoconhecimento racial, mais pessoas começaram a se perceber negras ou indígenas. Com as discussões sobre o assunto, os alunos vão começando a pensar em suas identidades, por isso ela ressalta o quão importante é essa mudança de currículo.
Inicialmente a escola estava hesitante de começar o projeto durante a quarentena. “No começo da pandemia nós olhamos para isso e pensamos: ‘a escola está com tantos desafios, como ela vai enfrentar mais esse?’”, relata a Diretora Pedagógica. “Preciso dizer que deu vontade de esperar, mas não vamos esperar acabar essa condição tão atípica para poder enfrentar a questão. O desejo de uma transformação e de um estudo maior sobre as questões de diversidade racial entre nós disse que a gente tinha que começar e talvez isso tenha favorecido uma partilha com gente que não podia vir no presencial, assim, conversamos com gente de perto e de longe”, completa Débora. Mesmo com a pandemia, o projeto de ampliação social no Santa Cruz entrou em ação este ano e se aprofunda a cada ano, com ações realizadas pelas famílias, por educadores e pelo Colégio!
7,1%
6,0%
21,4%
65,5%
Alunos negros ou indígenas não-bolsistas
Sorteio público
Alunos com vínculo com a escola
Alunos bolsistas
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No ano de 2021, os alunos do Ensino Fundamental 2 puderam observar de perto o Projeto Terra do 8º ano, que trata, entre outros temas, de segurança alimentar. Os estudantes envolvidos no projeto aprenderam, por meio de aulas e de pesquisas, que segurança alimentar é o direito da população ter acesso à alimentação. Aprenderam ainda que uma parte da população brasileira não usufrui desse direito. Dentre as reflexões sobre o que tem sido feito para melhorar essa situação, a equipe do Falaí! decidiu investigar se, para além do projeto do 8º ano, o Colégio Santa Cruz possui iniciativas relativas à segurança alimentar.
Parte das iniciativas de responsabilidade social do Colégio tem origem no San, braço social do Santa. Para entender melhor as ações do grupo e refletir sobre o papel de nossa comunidade diante da segurança alimentar no Brasil, conversamos com Simone Martinoja Campos, coordenadora do San. Acompanhe a seguir nossa entrevista.
Falaí!: Olá, Simone! Obrigado pela entrevista. Gostaríamos de começar perguntando quais as pessoas que recebem apoio a partir das iniciativas do San?
Simone Martinoja Campos: Os recursos arrecadados pelo San são igualmente distribuídos entre todos os inscritos nos programas sociais do colégio (Cursos Noturnos, Projeto Ipê, Meninas em Campo e Jaguaré Caminhos), são cerca de 1.250 inscritos.
F: Quais são as áreas de impacto dos projetos ligados ao San? A pandemia provocou transformações nessa questão?
Simone: A área de impacto destes projetos é principalmente a educação: seja de jovens e adultos, profissionalizante, creche, apoio no contraturno escolar ou inserção pelo esporte. A educação é sempre a coluna vertebral, a transformação pela educação. Excepcionalmente, durante os dois anos de pandemia, os recursos arrecadados pelo San foram destinados aos créditos nos cartões vale-alimentação, justamente porque aumentou a vulnerabilidade social das populações mais carentes. Durante os meses de pandemia os relatos de dificuldades se avolumaram na área de assistência social do colégio ou dos projetos, que acompanham a situação social dos inscritos. Diante disso, o San organizou a Ação Emergencial, que realizou quatro créditos em cada ano (2020 e 2021) em cartões vale-alimentação.
F: Como se deu a logística da distribuição de cartões vale-alimentação?
Simone: Durante os anos de 2020 e 2021, distribuímos cartões vale-alimentação a todos os inscritos nos programas sociais do colégio, cerca de 1200 pessoas. Neles foram creditados R$ 110 a cada valor depositado, ou seja R$ 440 no ano de 2021. Esses créditos puderam ser usados para compras de alimentos, produtos de limpeza ou higiene. Cigarros e bebidas alcoólicas foram bloqueados, ou seja, não era possível utilizar o crédito para estes itens.
F: Quem ajuda na arrecadação destes recursos?
Simone: Toda a comunidade Santa Cruz, que foi convidada a realizar doações para a Ação Emergencial e respondeu de forma rápida e muito solidária, permitindo que realizássemos essa ação. Como membro do San preciso contar que foi comovente ver o resultado da mobilização. Foram cerca de R$ 550 mil arrecadados em doações em 2021.
F: E como os alunos do Colégio podem ajudar?
Simone: Na Ação Emergencial, criada especialmente durante a pandemia, nosso maior esforço esteve na arrecadação de recursos. Então, mobilização e sensibilização da comunidade para doações é, sem dúvidas, a coisa mais importante para conseguirmos garantir os créditos a todos os inscritos nos programas sociais do colégio.
F: Por fim, há algum novo projeto do San com vistas à questão da segurança alimentar? A ideia é dar continuidade ao atual projeto?
Simone: Sobre novos projetos no sentido da insegurança alimentar, entendemos que é um tema que ganha atenção, e mais do que isso, vem se agravando nos últimos anos. Isso está sim no radar do San, mas não tem nada claramente desenhado sobre o que eu poderia falar. A Ação Emergencial foi desenhada numa condição excepcional, numa corrida em socorro àqueles que ficaram ainda mais vulneráveis neste momento, seguiremos com ela enquanto a situação exigir.
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Entre os dias 9 e 12 de outubro, os alunos do Colégio Santa Cruz participaram de uma imersão em Inovação no Insper. Segundo a professora da instituição Juliana Mitkiewicz, em entrevista ao Colégio Santa Cruz, esse evento tinha como objetivo “aplicar conhecimentos de design thinking para resolver problemas sociais e ambientais complexos”. Para que isso fosse possível, os alunos do 9° ano e do Ensino Médio que estavam participando da imersão contaram com aulas teóricas e práticas, palestras, dinâmicas em grupos e muito mais. A professora Juliana complementa dizendo que os alunos deveriam compreender o problema complexo que é a poluição do Rio Pinheiros, de modo a propor diferentes alternativas para solucionar esse problema.
Pedro Leal, aluno do 9° ano do Santa que participou da imersão, conta: “Esse projeto me ajudou demais, pois, além de ensinarem meios de raciocínio para solucionar problemas no nosso dia a dia, os palestrantes contavam as suas experiências de vida e as dificuldades que eles tinham durante a sua vida de trabalho, nos ajudando a pensar de uma maneira diferente”.
Moisés Zylbersztajn, coordenador do Núcleo de Educação Digital (NED) do Colégio Santa Cruz e um dos idealizadores dessa imersão, afirmou que ao seu ver o bom resultado obtido se deu através de quatro componentes principais, que são: a vivência acadêmica proporcionada, a aplicação do design thinking a problemas em uma “atitude muito interessante que nos ajuda na vida”, o trabalho colaborativo e a criação misturada, uma vez que alunos do 9° ano do Ensino Médio Moisés Zylbersztajn, coordenador do Núcleo de Educação Digital do Colégio Santa Cruz (NED) e que foi um dos idealizadores dessa imersão, afirmou que ao seu ver o bom resultado obtido com a imersão se deu através de quatro componentes principais, que são: a vivência acadêmica proporcionada, a aplicação do design thinking a problemas em uma “atitude muito interessante que nos ajuda na vida”, o trabalho colaborativo e a criação misturada, uma vez que alunos do 9° ano e alunos do Ensino Médio trabalharam juntos durante a imersão.
Assim, com a estrutura de uma instituição de ensino superior à disposição, com o contato com diversos especialistas e com os conhecimentos obtidos, os diversos grupos de estudantes tiveram como objetivo propor maneiras de solucionar o problema da poluição no Rio Pinheiros. No último dia a Imersão contou com apresentações dos projetos desenvolvidos pelos grupos, seguida pela avaliação de jurados que atribuíram notas aos projetos dos alunos.
O aquecimento global tem sido uma questão preocupante, e com esse problema em nossas mãos tem começado o debate entre diferentes hipóteses, desde as mais antigas até as mais recentes. Algumas creem que esse fenômeno aconteça pelo efeito estufa e que nós humanos não temos nada a ver com a questão. Tem até algumas pessoas que acreditam que o aquecimento global não exista e outras dizem que ele é causado pelo sol. Com pesquisas científicas, é possível desmascarar algumas hipóteses e dar mais provas para outras.
A temperatura do planeta tem aumentado bastante recentemente, e por isso o aquecimento global tem sido tão preocupante. Ele é definido como “o aumento de temperatura terrestre” pelo site Toda matéria e é causado pelo “acúmulo de gases poluentes”. O efeito estufa está muito ligado a este fenômeno, pois, quando há um aumento na concentração de gases do efeito estufa (ou de gases poluentes) na atmosfera, acontece uma retenção de calor maior, deixando o ambiente mais quente. O efeito estufa é muito importante para a Terra, pois regula sua temperatura, deixando-a adequada para que exista vida. Sem o efeito estufa o planeta seria muito mais frio.
Mas, como os humanos impactam no aquecimento global? Algumas atividades que impactam muito nas mudanças climáticas são: o uso de combustíveis fósseis, o desmatamento, as queimadas e as atividades industriais. Essas atividades, durante seus processos, emitem, de alguma forma, gases do efeito estufa ou dióxido de carbono.
Muitas pessoas duvidam que o aquecimento global seja um problema, pois acham que sua única consequência é o aumento da temperatura terrestre. O aquecimento global é muito pior, há outras consequências como mudança de composição de flora e fauna por todo o planeta, extinção de espécies, desertificação de algumas áreas, maior frequência de secas, maior quantidade de desastres naturais e derretimento das calotas polares, que causam aumento do nível marítimo, que pode inundar cidades litorâneas.
De acordo com a revista científica Educação Pública, existem duas hipóteses principais sobre o assunto. Uma diz que nós teríamos responsabilidade por essa questão e a outra, que o aquecimento global seria algo natural, e que o humano apenas seria um potencializador.
Na primeira ideia, em que o humano teria responsabilidade, a justificativa seriam as atividades como queimadas ou a queima de combustíveis fósseis. Nessa hipótese, para frear o problema seria preciso evitar a emissão de alguns gases como dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e clorofluorcarbonetos. Esses gases são tóxicos e impedem a radiação de sol, o que deixa o efeito estufa mais potente. Essa perspectiva é parcialmente verdadeira, pois, apesar de o aquecimento global ser causado pelo efeito estufa e piorado por atividades humanas, nós não somos totalmente responsáveis por ele.
Na segunda hipótese, nós humanos não teríamos relação com o aquecimento global. Ele seria verdadeiro, mas se trataria apenas de períodos de esfriamento e aquecimento da terra, e estaria acontecendo porque seria um período de elevação de temperatura do planeta. Nesse sentido, não haveria nada que pudéssemos fazer e os humanos não teriam responsabilidade pelo aquecimento global. Uma justificativa seria que nós produzimos menos CO2 do que a vegetação, o solo e o oceano. Nessa lógica, o nível da água do oceano não está aumentando e o gelo não está derretendo. No entanto, cientificamente falando, é consenso que o aquecimento global é causado pelo agravamento do efeito estufa e que atividades humanas interferem nessa questão.
Há também pessoas que acreditam que o aquecimento global não exista. Essas pessoas acham que o fenômeno é uma farsa, porém se trata de uma hipótese não baseada em fatos científicos. Há diversas leituras sobre o aquecimento global, mas nem todas estão bem embasadas. O aquecimento global é um grande problema, apesar de causar muita polêmica. Se quisermos solucionar essa questão, devemos começar a diminuir a quantidade de algumas atividades humanas que soltam muitos gases do efeito estufa.
Esse tema é tratado pela equipe de Ciências do Colégio no 9° ano, e o professor Alex Brilhante pode ser uma boa referência se você quiser saber mais.
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Aconteceu no Pavilhão Ciccillo Matarazzo a 34ª Bienal de Artes de São Paulo. Ela foi realizada após um ano de adiamento devido à pandemia. Uma das maiores exposições de artes da América Latina finalmente pôde ser aberta para visitação. Este ano a Bienal contou com cerca de 1.100 trabalhos de artistas de mais de 39 países. Vale destacar alguns nomes como Pierre Verger, Carmela Gross e Jaider Esbell.
Rodrigo Guimarães, professor de Artes Visuais do Santa, conversou com o Falaí! sobre a Bienal deste ano. Para o professor, a origem da Bienal de São Paulo está muito ligada ao surgimento do Museu de Arte Moderna (MAM), que se localiza ao lado da Bienal, no Parque Ibirapuera.
A real importância e objetivo deste evento, na opinião de Rodrigo, seria a de trazer ou mostrar o que tem de novo no campo das diversas artes nos últimos dois anos. Ela é considerada por muitos como um dos três eventos artísticos mais importantes da arte mundial, juntamente com a Bienal de Veneza e a Documenta de Kassel. O professor de Artes Visuais nos contou que um dos artistas que lhe chamaram a atenção foi, principalmente, Jaider Esbell, que morreu em 2 de novembro deste ano. Esbell contribuiu trazendo novos artistas indígenas para participarem da Bienal.
O tema da edição desta Bienal foi “Faz escuro mas eu canto", título de um livro de poemas de Thiago de Mello que faz referência à época da ditadura, rememorando o fato de que artistas não podiam se expressar como tinham vontade, músicas eram censuradas, assim como obras de arte e imagens.
Sobre o contexto da pandemia, Rodrigo explicou que a Bienal se estendeu por um maior tempo do que deveria. Esse aumento da duração foi muito bom, por um lado. Como outros eventos acontecem junto à Bienal, diversas exposições paralelas de artistas e lançamentos de publicações escritas puderam ter seu espaço. De acordo com Rodrigo, os principais desafios na montagem de uma grande exposição, ou um grande evento artístico na pandemia, envolvem controlar todas as pessoas que entram na Bienal, confirmando se estão vacinadas, e também manter um espaçamento maior entre as obras, o que muitos podem ver como apenas uma medida de prevenção da pandemia, mas que transforma o olhar artístico do visitante.
O nome do pavilhão da Bienal homenageia um dos idealizadores desse grande evento. Ele foi um empresário e mecenas paulistano que teve grande influência no desenvolvimento da cultura, da arte e da economia, por volta de 1950 em São Paulo. O pontapé inicial para Ciccillo Matarazzo querer criar esse festival foi sua ideia de desenvolver a arte em São Paulo e usar os museus famosos dos Estados Unidos como base, como o MoMa em Nova Iorque, mas ele também se inspirou na Bienal de Veneza, que visitou em 1950, um ano antes de a Bienal de São Paulo ser inaugurada.
O professor Rodrigo visitou a Bienal algumas vezes, acompanhando estudantes do EF2 do Santa ou sozinho. Disse que ainda tinha o desejo de ir mais vezes até o encerramento da edição. E você, o que achou da Bienal deste ano?
Pierre Verger, Sem título (série Candomblé do Pai Cosme), 1950. Coleção Fundação Pierre Verger.
Disponível em: http://34.bienal.org.br/artistas/8717
Suely Maxakali, Mõgmõka xupep
[O gavião saindo], 2005. Cortesia da artista.
Disponível em: http://34.bienal.org.br/artistas/8889
Vista da instalação Entidades (2021), de Jaider Esbell, na 34ª Bienal de São Paulo. © Levi Fanan / Fundação Bienal de São Paulo
Disponível em: http://34.bienal.org.br/artistas/7339
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As Paralimpíadas são nada mais, nada menos que um dos maiores eventos esportivos do mundo inteiro, que acontecem a cada quatro anos. As Paralimpíadas surgiram em 1960 e são resultado da utilização do esporte como ferramenta para reabilitação de pessoas com deficiências. Você já deve ter ouvido falar desse evento que é uma grande oportunidade para muitos atletas. Assim foi com o velocista Renato Cruz, que teve a chance de mostrar seu talento nessa importante competição. A equipe do Falaí! teve o prazer de conhecê-lo e entrevistá-lo. Ele relatou para nós a importância das Paralimpíadas para as pessoas com deficiência.
Renato nos contou que teve uma perna amputada após sofrer acidente durante seu trabalho no metrô, pois uma carga de 400 quilos caiu sobre ela. Quando voltou ao trabalho, após o acidente, ele teve contato com um amigo que era maratonista. Esse contato, de certa forma, mexeu com Renato: “Pude perceber que eu podia fazer qualquer coisa e que existem diversas pessoas na mesma situação que me encontro”.
Já mais para frente em sua carreira de atleta, nas Paralimpíadas do Rio de Janeiro em 2016, conquistou uma medalha de prata representando o Brasil na categoria 4x100 metros masculino do atletismo. Segundo Cruz, essa não foi uma conquista apenas para ele, mas também para sua família e amigos, que o apoiaram bastante. “Tem uma foto muito importante para mim, na qual estou mostrando a medalha que conquistei para o fotógrafo, porém, na verdade, estava mostrando-a para meus amigos e familiares, os quais estavam atrás dos fotógrafos e que sempre me apoiaram”, ele nos contou.
Por outro lado, o atleta e os dados nos revelam que há pouco reconhecimento em relação aos atletas, muito por conta, também, da falta da divulgação em mídias, como na televisão. Além disso, o fato de esses atletas estarem competindo é considerado como se tivessem superpoderes. Segundo os atletas, isso é um tipo de preconceito, pois eles são competidores que alcançam resultados através de disciplina, treinos e dedicação. “Ninguém tem superpoderes. As pessoas são disciplinadas, dedicadas e apaixonadas pelo que fazem. Eu sou apaixonado pelo atletismo!”, disse o velocista.
Emocionado ao lembrar suas conquistas, Renato nos diz: “A vida não é um print, a vida é um grande filme, na qual temos que assumir o papel de protagonista”. Ele não foi o único a alcançar uma grande conquista, outros atletas paralímpicos estão treinando e competindo em busca do melhor desempenho.
Confira no vídeo trechos da entrevista com Renato para saber mais sobre a trajetória do atleta e a visão dele sobre o esporte adaptado.
Na manhã de 10 de setembro, o recordista sul-americano de salto triplo, Jadel Gregório, esteve no Colégio Santa Cruz. O atleta, que atualmente reside na Califórnia, foi convidado pela Professora Mildred Sotero, de Educação Física, para conhecer o campus e para narrar sua experiência enquanto atleta profissional aos alunos. Nesse dia, Jadel conversou com as turmas do 7º ano do Ensino Fundamental 2 e com turmas do G6, do Ensino Infantil.
A visita de Jadel Gregório a todos os espaços do Colégio foi acompanhada e orientada por nossa equipe de jovens jornalistas do Falaí! Nesse dia, Jadel, que também foi vice-campeão mundial em sua modalidade, aceitou participar de uma entrevista coletiva com 8 jornalistas da oficina de mídias.
Seis dias depois, no mesmo dia em que Jadel Gregório comemorou seu 41º aniversário, o atleta foi entrevistado por nossa equipe. O resultado de uma entrevista animada e repleta de depoimentos, você confere no Podcast abaixo, produzido por Fernando Guedes e Miguel Romero.
recordes
O maior número de medalhas conquistadas por um país nas Paralimpíadas de verão é de 2067. Esse recorde é dos Estados Unidos, considerando medalhas de 1960 a 2012.
Nas Olimpíadas Rio 2016, houve 172 países competindo nas Paralimpíadas.
O paratleta francês Raymond Martin fez 800 metros em cadeira de rodas T52 em 1 minuto e 51,46 segundos. Isso aconteceu no dia 2 de janeiro de 2016.
Ao final de alguns jogos de Educação Física, ouvimos comentários de alunas como “quando um menino erra a bola, todos falam que ele jogou bem, mas quando eu erro a bola sou a culpada do nosso time perder” ou até “nenhum menino passou a bola para nós, por mais alto que a gente gritasse”. A impressão que se tem, nos jogos, é de que os meninos têm uma participação muito maior do que as meninas. A equipe do Falaí! apurou a questão por meio de um formulário digital, nele as alunas do Colégio Santa Cruz deram a opinião sobre sua participação nos jogos: “As meninas são muito menos estimuladas a jogarem esportes. Geralmente esse pensamento vem mais de uma necessidade de ‘ser magra’ ou ficar ‘em forma’, coisas que não as estimulam a acharem a própria força nos jogos e aproveitarem as experiências, afastando-as do esporte”, diz uma aluna do 9° ano. De acordo com o site eCycle, as meninas não são incentivadas a fazerem esportes, pois por um longo tempo da história foram consideradas frágeis e delicadas, e essa ideia ainda não foi totalmente dissolvida.
Na Festa dos Esportes do Colégio, em alguns jogos, as meninas ficavam paradas. “Eu já desisti de tentar participar das aulas”, diz uma aluna do 6° ano. Muitas delas acham que vão errar a bola na queimada e serem zoadas, por isso nem tentam lançá-la. Às vezes elas estão livres, preparadas para agarrar a bola, indicando que estão prontas, mas um menino que não está em posição de concluir o passe e com um monte de jogadores o marcando parece ser uma opção melhor. “Eu acho que, desde pequenas, as meninas são muito encorajadas a brincar de boneca, se vestir como uma princesa e usar maquiagem, enquanto os meninos são levados aos esportes, jogos etc. Então, acaba que, muitas vezes quando pensamos em esporte, já imaginamos meninos jogando basquete, futebol, handebol, entre outros. Eu não acho que o esporte feminino deva ser mais ou menos valorizado que o esporte masculino. Acho que deveria ser tão normal quanto meninos gostarem de rosa”, opina uma estudante do 8º ano.
Mesmo com a diferença de participação, a maioria das meninas gosta de jogos mistos. “Eu gosto porque eu acho que une a classe, e não somente um grupo específico.” Mas outras alunas têm uma opinião diferente: “Eu não gosto pois prefiro jogar apenas com as meninas, porque me incluem melhor”.
A história do esporte feminino é recente, de menos de 100 anos para cá. No ambiente esportivo, as atletas mulheres ganham salários menores do que os homens. A prova disso é uma polêmica que surgiu durante a Copa de 2018: por que Marta, eleita seis vezes pela Fifa a melhor jogadora do mundo, recebe muito menos do que Neymar? Na época, a jogadora recebia 3,9 mil dólares por gol, enquanto o outro embolsava cerca de 74 vezes mais: 290 mil dólares. “Eu acho que, para que os esportes femininos possam ser mais valorizados, seria bacana se as mídias, como jornais (impressos ou na TV), passassem os jogos em diferentes canais, pois, quando eu assisti às Olimpíadas este ano, percebi que, quando havia jogos masculinos, diversas emissoras transmitiam os jogos, e quando eram jogos femininos poucas emissoras transmitiam-nos. A escola também passou no telão apenas a Copa masculina quando aconteceu (antes da pandemia), mas quando houve a feminina poucas pessoas ouviram falar do que estava acontecendo e a escola não passou em nenhum momento”, observou uma estudante do 9° ano. É verdade que patrocínios às atletas mulheres são bem tímidos. Sem o apoio do mercado esportivo, fica muito mais difícil o público se interessar. Dessa forma, o salário das atletas não aumenta e elas não são reconhecidas como deveriam.
Existem mulheres que desistem do esporte por conta da sexualização de seus corpos. Algumas equipes femininas estão lutando contra isso, como a equipe alemã de ginástica, que em abril trocou os collants, que expunham as pernas das atletas e que tanto incomodavam, por macacões. As ginastas levaram o protesto para as Olimpíadas em Tóquio. Em um ato semelhante, a equipe de handebol de praia norueguesa foi multada em julho pela federação europeia da modalidade por adotarem um short ao invés do obrigatório biquíni. A regra do uniforme é estabelecida pela Federação Internacional de Handebol, que determina, para os jogadores homens, o uso de uma regata comprida e uma bermuda quase na altura dos joelhos.
Ainda segundo o site eCycle, as consequências da sexualização no esporte feminino são muitas:
• Abandono do esporte: uniformes que expõem demais o corpo geram desconforto, fazendo com que muitas adolescentes desistam de participar dos jogos.
• Constrangimento: as câmeras podem detectar atletas expondo acidentalmente partes íntimas, pelos do corpo e lingeries. Críticas em massa colocam a atleta em situação humilhante por causa de seu corpo.
• Pânico menstrual: o medo de que vaze sangue ou apareça um absorvente por baixo de roupas pequenas e/ou brancas é muito comum entre as atletas.
• Exclusão de atletas de culturas não ocidentais: uniformes que expõem a pele fazem com que meninas e mulheres islâmicas e religiosas não participem das competições.
• Preconceito: a padronização dos uniformes muitas vezes ignora corpos não brancos, não magros e com deficiência.
• Pelos no corpo: mulheres e meninas são pressionadas a depilar pernas, virilha e axilas regularmente, sob o risco de serem ridicularizadas e expostas nas redes sociais.
Portanto, a sexualização no esporte feminino pode torná-lo constrangedor e desconfortável, mas muitas pessoas estão se conscientizando disso e lutando, junto com essas mulheres, pela igualdade de gêneros no esporte.
Pensando em estimular meninas e adolescentes no esporte, surgiu uma iniciativa do diretor Marcelo Rogozinski, do professor Ronaldo e da treinadora Sandra Santos, apoiada pelo Colégio Santa Cruz, junto com o Programa de Desenvolvimento Humano pelo Esporte e a Escola de Artes Cênicas e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP). Eles criaram um projeto social chamado Meninas em Campo, cujo principal objetivo é oferecer um ambiente seguro com profissionais capacitados para que meninas de 9 a 17 anos possam jogar futebol e se desenvolver por meio do esporte.
O Falaí! realizou uma entrevista com Adriana Tuono, diretora do projeto. “Nossa principal meta é ter cada vez mais meninas. Começamos com 30, hoje temos 176 meninas distribuídas nas turmas Social e Formação e mais 39 atletas do alto rendimento. Queremos, para 2022, ter 300 meninas em campo”, observou Adriana. A diretora também ressaltou que, “desde a Copa feminina de 2019, quando as emissoras abertas começaram a transmitir os jogos, percebemos um aumento de interesse [de garotas pelo Meninas em Campo]”, e isso confirma que é necessário o apoio do marketing para o esporte feminino ter cada vez mais interessados e ser valorizado. “O esporte feminino no Brasil tem muito a conquistar. Só para vocês terem uma ideia, o salário das mulheres no esporte no Brasil ficou parado nos anos 1980”, diz Adriana. A diferenciação de salários entre gêneros é um problema que atravessa o mundo do esporte.
Em nosso questionário, perguntamos às alunas do Colégio Santa Cruz o que elas desejavam ver de diferente no esporte feminino: “Mais canais de TV transmitindo os jogos, ser mais reconhecido, ter menos preconceito em relação à diferença dos gêneros”, e também: “Acho que ele poderia ser mais levado a sério e respeitado no geral”, disseram elas. Esses desejos de mudança podem se tornar realidade. No projeto Meninas em Campo há um lema: “O impossível é temporário”, incentiva Adriana.
8
Na aula de educação física,
você acha que tem uma boa participação nos jogos propostos?
Sim, eu acho que
tenho uma boa participação.
Não, eu não acho que tenho uma
boa participação.
Eu tento participar,
mas não consigo.
Você percebe alguma diferença entre a participação dos meninos e das meninas?
Sim
Não
Você gosta de jogar jogos mistos?
Sim
Não
O Futebol de Salão está com toda a força para virar uma potência maior do que já é. Pela primeira vez desde muito tempo sem o craque Falcão no time, nesta edição a Seleção Brasileira de Futsal masculino não era a favorita. O Brasil ficou em 3º lugar e deu a vez para Portugal ganhar sua primeira Copa do Mundo FIFA de Futsal, realizada na Lituânia em setembro de 2021.
Existem dois “mitos de criação” do Futsal: o primeiro é que ele nasceu no Brasil na década de 1940, o segundo que foi inventado no Uruguai em 1934. Em ambos, o esporte era praticado em quadras de hóquei, basquete e vôlei devido à falta de campos de futebol e ao frio dos invernos no Uruguai e no Brasil. Antigamente, eram utilizadas bolas de futebol iguais às outras, mas, devido ao fato de saírem muito da quadra, elas tiveram uma boa mudança no tamanho e um drástico aumento de peso. No Uruguai dizem que o “indoor football” (futebol interno) foi inventado pelo professor de educação física Juan Carlos Ceriani Gravier. Outros dizem que foi um grupo de pessoas da Associação Cristã de Moços, em São Paulo, que criou o esporte. No ano de 1956 as primeiras regras oficiais foram publicadas. E em 1971 a FIFUSA (Federação Internacional de Futebol de Salão) foi criada em São Paulo, com presença de Argentina, Uruguai, Bolívia, Peru, Paraguai, Portugal e, claro, Brasil.
A Copa do Mundo de Futsal é um dos principais eventos que ocorrem no universo dos esportes. Ela vem ganhando popularidade nos últimos anos pelo mundo inteiro. Essa competição ocorre de quatro em quatro anos, como a Copa do Mundo de Futebol, e ambas são realizadas pela FIFA. A de Futebol de Salão masculino ocorre desde 1989, tendo a primeira edição sido realizada nos Países Baixos, com a vitória da seleção brasileira. Desde então aconteceram nove copas, sendo que o Brasil ganhou cinco delas, a Espanha duas, Argentina e Portugal uma cada. Um dos jogadores mais famosos do futsal era o brasileiro Falcão, que atualmente está aposentado, mas chegou a ganhar a Copa duas vezes pelo Brasil, em 2008 e em 2012.
E, agora, fica a dúvida, qual chegará primeiro: o hexa no Futebol de Campo ou no Salão?
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As aulas de Educação Física vão além da prática esportiva. Seu conteúdo aprecia toda a cultura corporal, como acontece no caso do Colégio Santa Cruz: o esporte, os jogos praticados, a dança, a ginástica e a luta. Além disso, os conteúdos escolhidos para as aulas têm uma grande importância, assim como o papel do professor ou treinador, que impacta muito na questão da aprendizagem do aluno. Afinal, é ele que ajuda os jovens a ganharem consciência do movimento, desde os mais simples e naturais, como caminhar e correr, até os envolvidos em atividades mais complexas, como a prática de ioga e os esportes em si.
As aulas de Educação Física partem também do princípio de desenvolver alunos íntegros, que respeitem as regras (como as de um jogo, por exemplo), e auxiliam muitas vezes com benefícios, sejam sociais ou fisiológicos. Também informam, a partir de atividades motoras. Nas escolas, o aluno continua praticando o esporte, mas vai além: ele entende os contextos das atividades e sua criação na maioria das vezes, e isso é um modo de entender a cultura e a sociedade em que vivemos a partir dos jogos e esportes.
Algo que influencia bastante a escolha das atividades esportivas para serem propostas nas aulas é a cultura do país. Segundo Luís Magalhães, professor de Educação Física do Santa, “escolhemos os esportes, no caso do 6° ano, o basquete, o vôlei, o handebol e o futebol, pois são os mais tradicionais de nosso país”.
O critério de escolha também varia muito com o tempo. Antigamente, por exemplo, a partir do 6º ano, os únicos esportes que seriam praticados eram os quatro já citados anteriormente, e com o tempo foram variando, algo bem importante. Hoje em dia, no Colégio, temos diversos outros tipos de atividades, como capoeira e dança.
Luís também disse: "O currículo do 6º ano é onde a direção apresenta os quatro esportes principais (vôlei, basquete, futebol e handebol). São como uma base porque, no sétimo ano, já são introduzidos esportes como a capoeira, entre outros”.
Também entrevistamos duas alunas do 6° ano A, Sarah Socolowski, 11, e Ana Clara Lisboa, 12, que deram suas opiniões sobre as aulas e suas impressões. Embora a prática de esportes em si seja divertida e bem importante, Sarah afirma que as pausas também são importantes para que tenhamos como descansar, nos hidratar e ficarmos mais dispostos para a próxima atividade.
Ana Clara também diz: “Embora práticas esportivas sejam importantes e divertidas, este ano houve uma repetição, na qual ocorreram várias aulas seguidas que tratavam de um mesmo esporte e, com isso, consegui perceber que muitos ficaram cansados, inclusive eu”. Na entrevista com o Professor Luís ele explica que, por conta da pandemia e do ensino híbrido, não conseguimos trabalhar o ano inteiro nesses esportes, então, o 6º ano conseguiu apenas praticá-los nesses últimos meses de aula, o que fez com que o tempo até o final do ano ficasse “apertado”, por isso tiveram que correr para propô-los logo.
Isso mostra que, embora muitos pensem que as aulas de Educação Física são criadas apenas para preparar nosso condicionamento físico, há fatores e critérios que vão muito além desse princípio.
Na Croácia o esporte reconhecido como um dos mais populares é o handebol. Na modalidade masculina dos Jogos Olímpicos, a Croácia conseguiu três medalhas: duas de ouro e uma de bronze, ficando em 3º no ranking masculino.
No handebol é permitido usar a mão em qualquer circunstância, junto dos braços, cabeça, tronco, coxa e joelhos (menos os pés). É permitido segurar a bola por no máximo três passos. Não se pode chutar nem encostar a bola nos pés. Quando não está driblando, você pode dar dois passos.
Na ilha que fica na Oceania, temos o rugby como esporte muito popular. Lá, foi formada uma das melhores seleções do mundo, que é conhecida como All Blacks. Ser convocado para fazer parte da equipe é considerado uma honra para todos os praticantes do esporte.
Em uma partida de rugby a bola não pode ser passada para frente, apenas para o lado e para trás.
O atleta só pode ser derrubado se estiver com a bola em mãos, e o contato físico só pode acontecer do peito para baixo. Para pontuar é necessário atravessar a linha do gol adversário e colocar a bola no chão, após isso a equipe faz um try, que vale cinco pontos. Após um try, o time que fez os cinco pontos tem a chance de chutar a bola, que, se acertada, vale dois pontos.
Em todos os países vemos competições esportivas e, com isso, alguns esportes se destacam. No Brasil temos o vôlei e o futebol, mas você sabe um dos jogos mais populares do Japão? Ou da Tailândia? Se não, agora você irá descobrir!