No século XVIII, surgiu na Europa o movimento cultural do Iluminismo e cresceu o questionamento do poder absolutista, dos excessos da corte e da influência da igreja sobre as decisões políticas e econômicas. Na França, o cenário econômico era crítico: para além da profunda desigualdade social, o Estado enfrentava altas dívidas públicas e uma crise na agricultura.
O fervor das ideias iluministas e o contexto econômico, social e político gerou um declínio na popularidade do Rococó, estilo artístico associado às elites, e abriu espaço para o Neoclassicismo, que retomou as ideias renascentistas – que, por sua vez, retomaram a antiguidade clássica, incluindo a perspectiva política desse período. David é considerado um dos mais importantes pintores neoclássicos e o quadro “O juramento dos Horácios” marca uma transição importante da sua arte para o neoclassicismo.
O quadro “O juramento dos Horácios” retrata um episódio da fundação da Roma Antiga. A lenda conta de uma guerra entre Roma e Alba Longa. Para evitar mais mortes, foi decidido que o combate se resolveria em uma disputa mortal entre os Horácios, três irmãos romanos, e os Curiácios, irmãos de Alba Longa. As famílias, entretanto, eram próximas, e uma das irmãs romanas era noiva de um Curiácio. O brutal assassinato dos Curiácios por um dos Horácios, Publius Horacius, apesar de garantir vitória à Roma, trouxe lágrimas aos olhos de sua irmã, que viu morto o futuro marido. Enfurecido com o luto da irmã, Publius Horacius matou-a com sua espada e exclamou: “Assim morram todas que choram um inimigo de Roma!”
O quadro de David foi produzido apenas 5 anos antes do início da Revolução Francesa e representa uma tensão violenta entre sentimentos pessoais e o dever público. Logo na primeira camada do quadro, os irmãos romanos juram ao pai sua lealdade à pátria. Já no segundo plano, as irmãs choram seu luto. O sacrifício de relações familiares em nome do Estado é a dimensão temática que traz emoção à pintura e que, em alguma medida, atualiza a questão para o presente, no sentido de indagar ao espectador do que ele abriria mão para realizar uma transformação política (como a Revolução que estava por vir).
Os três poderes (1789)
Fonte: Library of CongressOs três Estados representavam a estrutura social do Antigo Regime, no qual se apoiava a sociedade francesa absolutista antes da Revolução. Eles eram: o clero (primeiro estado), a nobreza (segundo estado) e o “povo”, ou, mais especificamente, aqueles que não eram clero ou nobreza (terceiro estado).
Luís XIV (1701)
Fonte: WikipediaLuís XIV (1701), de Hyacinthe Rigaud, é o quadro base para a expressão do absolutismo monárquico na França, nele percebemos diversas mudanças associadas às formas pelas quais um governante passa a se afirmar na Idade Moderna e de que maneira ele investe na confusão entre governo e estado. O quadro original encontra-se no Museu do Louvre, mas possui uma cópia no Palácio de Versalhes, ambos na França.
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O Renascimento retomou a antiguidade greco-romana como fonte verdadeira de beleza e saber. Entretanto, ao contrário dos pagãos da Antiguidade, os renascentistas se viam em uma época posterior à vinda de Jesus Cristo e, por esse motivo, acreditavam que podiam atingir os valores estéticos da Antiguidade Clássica, mas produzir obras ainda melhores.
Arte renascentista
A arte barroca, associada ao movimento da Contrarreforma, colocava a emoção antes da racionalidade. Os pintores buscavam representar, principalmente, cenas cristãs que causassem impacto emocional no observador.
Barroco
A França do século XVII e XVIII foi caracterizada pela centralização política em torno de um monarca soberano. O Palácio de Versalhes, construído para o Rei Sol (Luís XIV), simbolizava o luxo e o excesso da aristocracia. Nessa mesma época, o resto da população, que era a vasta maioria, se via alienado pela extravagância das elites. O estilo artístico dominante nesta época foi o Rococó, cujas principais temáticas eram associadas à frivolidade e retratavam, com frequência, o amor e o cotidiano dos aristocratas.
Rococó