Em 1793 – ano em que David pintou “A morte de Marat” – a Revolução Francesa, iniciada 4 anos antes, estava em pleno vigor e o território passava por um momento turbulento, caracterizado pelo aumento da violência política. Nesse período, os revolucionários jacobinos buscavam regular os preços dos produtos essenciais e implementar leis que tornassem mais fácil o acesso à terra para os pequenos camponeses. Enquanto isso, do lado de fora, a França travava guerras contra a Prússia, a Áustria e a Grã-Bretanha, que temiam a violência e influência da Revolução.
Em janeiro de 1793, o Rei Luís XVI perdeu a cabeça na guilhotina, executado por revolucionários jacobinos liderados por Maximilien de Robespierre. David e Jean-Paul Marat eram colegas de Robespierre e apoiaram a decapitação do rei. A execução na guilhotina se tornou um método popular de eliminação de ameaças políticas – reais ou imaginárias – ao governo jacobino.
Seis meses depois da execução real, Marat foi assassinado em sua banheira por Charlotte Corday, simpatizante dos girondinos. Com o quadro “A morte de Marat”, pintada no estilo neoclássico, David transformou seu amigo em um mártir. A decisão é significativa pois, como mostra sua morte, Marat foi um personagem central e polêmico no período revolucionário, que atuava em conjunto com algumas das vozes mais radicais.
Jean-Paul Marat
Fonte: WikipediaJean-Paul Marat (1743-1793) foi um revolucionário jacobino e montanhês que atuou na Revolução Francesa. Repudiou as alas mais moderadas da revolução, defendendo perseguições e assassinatos políticos através do seu jornal “L’Ami du peuple”. Foi um dos líderes revolucionários mais importantes, junto de Robespierre, Danton e Saint-Just.
Robespierre
(1758-1794)
Danton
(1759-1794)
Saint-Just
(1769-1794)
Cópia do L’Ami du peuple, "O jornal radical mais célebre da Revolução", manchadas com o sangue de Marat.
Fonte: Bibliothèque Nationale de FranceO jornal, fundado por Marat, era uma plataforma para suas ideias e se tornou um poderoso meio de comunicação dos jacobinos. Nele, Marat defendia especialmente os interesses dos trabalhadores e dos menos favorecidos, com um estilo de escrita combativo e agressivo.
Gerda Taro, Desfiladeiro de Navacerrada, Segóvia, Espanha, 1937. Publicada no livro Death in making.
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O Renascimento retomou a antiguidade greco-romana como fonte verdadeira de beleza e saber. Entretanto, ao contrário dos pagãos da Antiguidade, os renascentistas se viam em uma época posterior à vinda de Jesus Cristo e, por esse motivo, acreditavam que podiam atingir os valores estéticos da Antiguidade Clássica, mas produzir obras ainda melhores.
Arte renascentista
A arte barroca, associada ao movimento da Contrarreforma, colocava a emoção antes da racionalidade. Os pintores buscavam representar, principalmente, cenas cristãs que causassem impacto emocional no observador.
Barroco
A França do século XVII e XVIII foi caracterizada pela centralização política em torno de um monarca soberano. O Palácio de Versalhes, construído para o Rei Sol (Luís XIV), simbolizava o luxo e o excesso da aristocracia. Nessa mesma época, o resto da população, que era a vasta maioria, se via alienado pela extravagância das elites. O estilo artístico dominante nesta época foi o Rococó, cujas principais temáticas eram associadas à frivolidade e retratavam, com frequência, o amor e o cotidiano dos aristocratas.
Rococó