PERFIL

Vanessa: uma pessoa forte que ama o que faz

A visão e história de uma mulher da equipe de TI do Santa Cruz

GABRIEL THEODORO MOTA MOURÃO, 7° ano, E NATALIE EMI TIBA, 8° ano

Todo dia usufruímos das tecnologias na escola. Usamos o Portal do Aluno, a rede da escola, e outros recursos para os nossos estudos. Mas você já se perguntou, como tudo isso funciona? Vanessa, de 42 anos, trabalha na área de Tecnologias da Informação (TI) do Santa, e cuida para que tudo funcione da forma como deve. Graças a ela e à sua equipe, temos muita segurança e agilidade no nosso dia-a-dia.

Vanessa nasceu em São Paulo, capital, como seus pais. Ela atualmente mora na Zona Leste e sai de casa às 6h30 para chegar na escola às 8h. Ela sai da escola às 18h30 e vai repousar por volta das 22h45. Durante a semana, frequenta a escola em todos dias úteis, faz academia duas vezes por semana, pratica yoga, encontra seus amigos e família.

Quando ela era pequena costumava brincar na rua e se dedicar aos estudos. Seus pais, ambos enfermeiros, sempre a apoiaram e deixaram ela escolher sua profissão. Sua família não interferiu na decisão, que foi apenas influenciada pelo seu amor por exatas. Ela fez faculdade relacionada ao tema, sem muito saber sobre o que era, e conforme foi estudando sua carreira foi se direcionando.

Ela começou trabalhando com suporte de TI. Nesse trabalho, as pessoas ligavam para ela pedindo ajuda com o uso de um programa e ela fazia seu melhor para ajudá-las. Mas Vanessa queria mudar de área para trabalhar com programação, desenvolvimento de sites e programas de computador. O Santa tinha uma vaga na área e por isso ela saiu do seu antigo emprego e começou a trabalhar no Colégio, ficou um ano como estagiária e já está há 15 anos nessa equipe de TI.

Ela é muito apaixonada pelo que faz, e está muito satisfeita. Tem bastante motivação para sempre continuar estudando. A área de tecnologia exige que se mantenha constantemente informado pois tudo muda muito rápido. É uma área em que você sempre se desafia e que nunca está parada. Ela afirmou que se sair do Santa algum dia, pretende continuar na área de tecnologia. Na área onde trabalha todos têm seus computadores, e usam uma ferramenta digital chamada Visual Studio, entre outras, para cuidar da parte tecnológica do Santa Cruz.

Vanessa é uma mulher forte, que se dedica muito ao seu trabalho. Na área de tecnologia, a grande maioria das pessoas são homens. A diferença na quantidade de homens e mulheres é muito grande, tanto na faculdade quanto nos empregos. Mas Vanessa nunca sofreu nenhum tipo de preconceito e, de acordo com ela, nunca lhe disseram nada diretamente, mas no cotidiano acontecem coisas sutis. Um exemplo é quando há dois trabalhos a fazer e acabam colocando a mulher no mais fácil, pois duvidam de sua capacidade. Na visão de Vanessa, o Dia das Mulheres é uma conquista, pois principalmente no mercado de trabalho há áreas bem masculinas, e o Dia da Mulher reforça a importância das mulheres. Nos lembra que todos temos a mesma capacidade e direitos e ela acha muito importante celebrar. Vanessa também conta que em seu trabalho, estão aparecendo mais mulheres tentando este ramo, e que ela se alegra com isso.

Vanessa Zeni )
Para fazer a escola funcionar, precisamos da tecnologia e da programação, e atrás delas está uma equipe de TI. Dentre todos os homens nesta equipe está Vanessa Zeni, de 42 anos.
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Provocados(as) por charges selecionadas pela ONU Mulheres, iniciamos nosso módulo discutindo desigualdade de gênero. Pensamos juntos e juntas o que nos incomoda e como podemos atuar, por meio do jornalismo, para mudar essa realidade.

A partir do famoso “carômetro” organizado pela equipe do Colégio, identificamos as educadoras que atuam em diferentes setores. Ao olhar para os nomes e fotografias, memórias e curiosidades foram despertadas e, assim, avançamos na tarefa de selecionar doze educadoras que protagonizam nossos textos. Alinhados à nossa proposta editorial, tivemos o compromisso de privilegiar mulheres que trabalham em diferentes setores e considerar aquelas que nem sempre estão em diálogo com a maioria dos estudantes no cotidiano escolar.

Tendo decidido quem seriam nossas entrevistadas, voltamo-nos ao estudo dos gêneros. Tínhamos como objetivo aproximar os(as) estudantes da reportagem-perfil e da entrevista como tipos textuais jornalísticos, conhecendo suas características e experimentando-os na prática, desde a elaboração de perguntas, até a edição do material.

Aqui cabe dizer que, neste ano, o grupo é composto por repórteres com mais experiência, que já estão no Falaí! há mais de um ano, e por repórteres iniciantes que, em 2023, somaram-se à nossa equipe. Dessa forma, os desafios são adequados ao tempo de experiência de cada grupo.

Cuidar da coesão entre a produção das duplas ou trios de repórteres e a intenção da equipe editorial foi um dos objetivos trabalhados, pois, mesmo que os tipos textuais sejam diferentes, e que as entrevistas nos conduzam para lugares distintos, a publicação deve ser uma produção coletiva.

Com a colaboração e a gentileza de nossas entrevistadas, pudemos reuni-las em duas salas do Colégio para realizar uma grande sessão de entrevistas. Acompanhados de gravadores e bloquinhos de notas, os repórteres receberam as educadoras e administraram entrevistas nas quais tinham como objetivo entender a história de vida, a atuação profissional e o cotidiano de cada uma delas.

Ao final da sessão, entrevistadores(as) e entrevistadas se juntaram para registrar as fotografias que ilustram cada um dos textos jornalísticos.

De volta à redação, os(as) jovens jornalistas revisitaram os áudios das entrevistas, elaboraram os textos e revisaram o material.

Ao final do processo, construímos uma parceria com a equipe de Projetos Digitais da Editoração, alinhando a produção deste site, o qual dialoga com o projeto gráfico original do Falaí! e contempla as demandas desta publicação. Os(as) estudantes da oficina foram desafiados, também, a se adequarem ao formato, pensando sobre número de caracteres da manchete, por exemplo.

Finalizamos este módulo de estudos do curso com o olhar mais atento às questões de gênero, conhecendo novos tipos textuais e reconhecendo figuras importantes da nossa escola.

Esperamos ter compartilhado esses aprendizados com você também.

Raphael Gonçalves e Tatiana Luz

Professores do Falaí! e editores da publicação