ENTREVISTA

Givaneide: uma mulher de Guaianases

Conheça uma funcionária que trabalha duro para cuidar de nosso Teatrão

FREDERICO ROSENBURG MENDONÇA DE BARROS, 7° ANO, JOAQUIM CAMPOS PARTEZANI RODRIGUES, 7° ANO E PEDRO CARMAGNANI SCHALCH, 7° ANO

Você acha que conhece todas as funcionárias da limpeza ou todo mundo que trabalha no teatrão? Conheça a Givaneide, uma funcionária da limpeza que trabalha no Colégio há menos tempo do que você imagina. Se ficou curioso, leia nossa entrevista!

Oi, tudo bem? Em que área você trabalha aqui no Santa?

Eu trabalho no teatro.

Ah, legal, mas há quanto tempo você trabalha aqui?

Já faz um mês e meio.

Que legal, você é nova! O que te fez trabalhar aqui no Santa?

Ah, eu escolhi o Santa porque é um lugar bem agradável, bem acolhedor e eu gostei disso.

Quantas horas por dia você trabalha aqui, mais ou menos?

Oito horas.

Ah, oito horas, então é um dia normal de trabalho, não é?

Sim, eu acho um tempo bom.

Quando você começou a trabalhar aqui, qual foi sua primeira impressão?

Eu achei que era um lugar muito bonito, responsável.

Ótimo! Como é limpar o teatrão, você limpa todo dia?

Ah, é muito legal. Eu limpo todo dia, sim, de segunda à sexta e às vezes dá pra assistir as peças dos alunos.

É sempre tem algumas coisas mais específicas do teatro. Qual você acha que foi a coisa mais diferente que você encontrou trabalhando aqui no Santa?

No teatro, principalmente, foi o palco, eu nunca tinha entrado em um teatro antes.

Que bom que você gostou do palco. Onde você mora?

Em Guaianases, região Leste.

Nossa, eu morava lá do lado antes de me mudar para mais perto do Santa. Demora muito pra chegar aqui?

Mais ou menos uma hora e 15.

Nossa! Você vai com o quê? Metrô?

Metrô e ônibus.

Era o caminho que eu fazia quando morava lá. Há uns 4 anos mais ou menos. Givaneide, você tem família, tipo marido e filhos?

Sim, sou casada e tenho um filho de 4 meses.

Que bonitinho, qual é o nome dele, já está andando?

Sim, ele já tá andando e chama Gael.

Dá trabalho trabalhar aqui e cuidar dele?

Não muito.

Então acabou, obrigado.

De nada.

Givaneide Santos Oliveira )
Givaneide Santos Oliveira trabalha na equipe de limpeza e atua no Teatrão. Enquanto trabalha, às vezes, consegue assistir às peças apresentadas pelos alunos.
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Provocados(as) por charges selecionadas pela ONU Mulheres, iniciamos nosso módulo discutindo desigualdade de gênero. Pensamos juntos e juntas o que nos incomoda e como podemos atuar, por meio do jornalismo, para mudar essa realidade.

A partir do famoso “carômetro” organizado pela equipe do Colégio, identificamos as educadoras que atuam em diferentes setores. Ao olhar para os nomes e fotografias, memórias e curiosidades foram despertadas e, assim, avançamos na tarefa de selecionar doze educadoras que protagonizam nossos textos. Alinhados à nossa proposta editorial, tivemos o compromisso de privilegiar mulheres que trabalham em diferentes setores e considerar aquelas que nem sempre estão em diálogo com a maioria dos estudantes no cotidiano escolar.

Tendo decidido quem seriam nossas entrevistadas, voltamo-nos ao estudo dos gêneros. Tínhamos como objetivo aproximar os(as) estudantes da reportagem-perfil e da entrevista como tipos textuais jornalísticos, conhecendo suas características e experimentando-os na prática, desde a elaboração de perguntas, até a edição do material.

Aqui cabe dizer que, neste ano, o grupo é composto por repórteres com mais experiência, que já estão no Falaí! há mais de um ano, e por repórteres iniciantes que, em 2023, somaram-se à nossa equipe. Dessa forma, os desafios são adequados ao tempo de experiência de cada grupo.

Cuidar da coesão entre a produção das duplas ou trios de repórteres e a intenção da equipe editorial foi um dos objetivos trabalhados, pois, mesmo que os tipos textuais sejam diferentes, e que as entrevistas nos conduzam para lugares distintos, a publicação deve ser uma produção coletiva.

Com a colaboração e a gentileza de nossas entrevistadas, pudemos reuni-las em duas salas do Colégio para realizar uma grande sessão de entrevistas. Acompanhados de gravadores e bloquinhos de notas, os repórteres receberam as educadoras e administraram entrevistas nas quais tinham como objetivo entender a história de vida, a atuação profissional e o cotidiano de cada uma delas.

Ao final da sessão, entrevistadores(as) e entrevistadas se juntaram para registrar as fotografias que ilustram cada um dos textos jornalísticos.

De volta à redação, os(as) jovens jornalistas revisitaram os áudios das entrevistas, elaboraram os textos e revisaram o material.

Ao final do processo, construímos uma parceria com a equipe de Projetos Digitais da Editoração, alinhando a produção deste site, o qual dialoga com o projeto gráfico original do Falaí! e contempla as demandas desta publicação. Os(as) estudantes da oficina foram desafiados, também, a se adequarem ao formato, pensando sobre número de caracteres da manchete, por exemplo.

Finalizamos este módulo de estudos do curso com o olhar mais atento às questões de gênero, conhecendo novos tipos textuais e reconhecendo figuras importantes da nossa escola.

Esperamos ter compartilhado esses aprendizados com você também.

Raphael Gonçalves e Tatiana Luz

Professores do Falaí! e editores da publicação