Raiane atua na área da saúde como enfermeira do Colégio. Procuramos saber um pouco do porquê ela quis se tornar enfermeira. Junte-se a nós nessa entrevista para saber mais!
Você gosta do seu trabalho?
Eu amo meu trabalho, amo minha profissão, é a área que eu escolhi pra minha vida e eu não me vejo atuando em outra profissão. A enfermagem traz várias características né,? O cuidado, o acolhimento, a empatia. Às vezes, vocês não estão bem e precisam da equipe de enfermagem e eu acho que faz total diferença na nossa rotina, no nosso dia-a-dia com vocês.
O que você estudou na época da faculdade e você gostava?
Eu sou graduada em enfermagem e a gente estuda desde biologia, física, química até a fisiopatologia. No curso, também estudamos morfologia, não sei se vocês já ouviram falar, vocês têm aulas nos laboratórios também, né?!
Sim, nós temos!
Na faculdade, a gente tem aulas práticas, assistências no hospital. Temos uma fase de estágios, acompanhamos tudo desde a UTI, pronto-socorro, centro cirúrgico. Assim, os alunos do curso passam por muitos setores, desde o paciente pequenininho, que é neonatal, até os idosos. Eu também fiz duas pós-graduações, na área de enfermagem em unidade de terapia intensiva adulto e pediátrica.
Você recebe muitos alunos na enfermaria?
Nossa, muitos, já chegaram a 150 atendimentos por dia. A enfermaria funciona das sete da manhã até às dez da noite.
Você sempre quis trabalhar na enfermagem? Por quê?
Sempre! A minha trajetória começou com meu tio, que sofreu um acidente de carro, e ele teve que ficar em casa porque é térrea. Ele chegou a ficar de cama por 6 meses, fez várias cirurgias e eu o acompanhei todo esse tempo. Eu tinha que fazer o curativo, trocá-los, sentindo o acolhimento que a enfermagem traz, o carinho. Eu me deparei com aquela situação o tempo todo. a situação dele tava muito ruim, e ver sua evolução foi muito bom pra mim. Foi assim que comecei a me interessar.
Reparamos que não há muitos homens trabalhando na enfermaria, o que você acha disso?
Olha, na escola, de fato, não há tantos, mas nos hospitais nós temos homens, menos do que mulheres, mas temos. Mas eu não sei te dizer o motivo…
Muito obrigada!
Obrigada vocês, por me chamarem, por quererem entender um pouco de cada situação, de cada pessoa, de cada mulher em si. Aposto em vocês e na geração de vocês que é a próxima que vem aí para defender a nós! Muito obrigada!
Provocados(as) por charges selecionadas pela ONU Mulheres, iniciamos nosso módulo discutindo desigualdade de gênero. Pensamos juntos e juntas o que nos incomoda e como podemos atuar, por meio do jornalismo, para mudar essa realidade.
A partir do famoso “carômetro” organizado pela equipe do Colégio, identificamos as educadoras que atuam em diferentes setores. Ao olhar para os nomes e fotografias, memórias e curiosidades foram despertadas e, assim, avançamos na tarefa de selecionar doze educadoras que protagonizam nossos textos. Alinhados à nossa proposta editorial, tivemos o compromisso de privilegiar mulheres que trabalham em diferentes setores e considerar aquelas que nem sempre estão em diálogo com a maioria dos estudantes no cotidiano escolar.
Tendo decidido quem seriam nossas entrevistadas, voltamo-nos ao estudo dos gêneros. Tínhamos como objetivo aproximar os(as) estudantes da reportagem-perfil e da entrevista como tipos textuais jornalísticos, conhecendo suas características e experimentando-os na prática, desde a elaboração de perguntas, até a edição do material.
Aqui cabe dizer que, neste ano, o grupo é composto por repórteres com mais experiência, que já estão no Falaí! há mais de um ano, e por repórteres iniciantes que, em 2023, somaram-se à nossa equipe. Dessa forma, os desafios são adequados ao tempo de experiência de cada grupo.
Cuidar da coesão entre a produção das duplas ou trios de repórteres e a intenção da equipe editorial foi um dos objetivos trabalhados, pois, mesmo que os tipos textuais sejam diferentes, e que as entrevistas nos conduzam para lugares distintos, a publicação deve ser uma produção coletiva.
Com a colaboração e a gentileza de nossas entrevistadas, pudemos reuni-las em duas salas do Colégio para realizar uma grande sessão de entrevistas. Acompanhados de gravadores e bloquinhos de notas, os repórteres receberam as educadoras e administraram entrevistas nas quais tinham como objetivo entender a história de vida, a atuação profissional e o cotidiano de cada uma delas.
Ao final da sessão, entrevistadores(as) e entrevistadas se juntaram para registrar as fotografias que ilustram cada um dos textos jornalísticos.
De volta à redação, os(as) jovens jornalistas revisitaram os áudios das entrevistas, elaboraram os textos e revisaram o material.
Ao final do processo, construímos uma parceria com a equipe de Projetos Digitais da Editoração, alinhando a produção deste site, o qual dialoga com o projeto gráfico original do Falaí! e contempla as demandas desta publicação. Os(as) estudantes da oficina foram desafiados, também, a se adequarem ao formato, pensando sobre número de caracteres da manchete, por exemplo.
Finalizamos este módulo de estudos do curso com o olhar mais atento às questões de gênero, conhecendo novos tipos textuais e reconhecendo figuras importantes da nossa escola.
Esperamos ter compartilhado esses aprendizados com você também.
Raphael Gonçalves e Tatiana Luz
Professores do Falaí! e editores da publicação