Você sabia que existem psicólogos que trabalham com educação? Em nosso Colégio, uma das áreas nas quais encontramos pessoas formadas em Psicologia é o Núcleo de Práticas Inclusivas (NUPI). Leia nossa entrevista para conhecer a Mariana.
O que é o NUPI?
A sigla significa Núcleo de Práticas Inclusivas. O NUPI é um setor aqui da escola criado para pensar se todos os estudantes que entram no Santa têm acesso à sala de aula, aos conteúdos, aos momentos escolares… Então, pensamos sobre o que a escola pode fazer para que os estudantes que entram na escola ou que estejam estudando aqui consigam acessar e aproveitar bastante o seu tempo de escola.
Por que você quis trabalhar no NUPI?
Eu estudei psicologia e quis trabalhar em escolas desde que estava na faculdade. Sempre gostei muito do espaço escolar, de pensar sobre esse ambiente, de estar com as crianças ou jovens estudantes. E, quando eu comecei a trabalhar em escola, gostei muito da parte das práticas inclusivas, e, aos poucos, eu fui estudando mais, conhecendo mais, e aí eu vim trabalhar aqui no Colégio Santa Cruz, que é um colégio que eu gosto muito, e então eu vim trabalhar no NUPI.
Então você entrou na faculdade já pensando em fazer parte de uma escola?
Na faculdade tem um negócio chamado estágio, então eu fui conhecendo outros jeitos de trabalhar em escolas e fui gostando muito, principalmente dessa área de práticas inclusivas, então comecei a estudar sobre.
Antes de você entrar no Santa Cruz esteve em outras escolas?
Eu trabalhei em outras escolas, sim, como a Escola Viva. Porém faz quatro anos que eu estou aqui, então faz tempo que saí da outra escola.
Quando você se formou em psicologia você queria entrar nas escolas exercendo qual função?
Eu tive dúvidas, sabia? Se eu queria ser professora ou se queria ser uma psicóloga que trabalha dentro das escolas olhando para outros assuntos, além das questões de sala de aula. Então, eu trabalhei um pouco como professora assistente, cheguei a começar a estudar pedagogia, mas aí eu percebi que gostava mesmo de trabalhar como psicóloga dentro das escolas.
Neste mês do Dia Internacional da Mulher, você tem refletido sobre as diferenças entre homens e mulheres no mercado de trabalho?
Eu acho esse tema bem difícil e ele deve ser discutido mesmo porque acho que é uma coisa complicada que acontece e que a gente realmente precisa pensar: por que será que isso está acontecendo? O que a gente pode fazer para melhorar isso?
Provocados(as) por charges selecionadas pela ONU Mulheres, iniciamos nosso módulo discutindo desigualdade de gênero. Pensamos juntos e juntas o que nos incomoda e como podemos atuar, por meio do jornalismo, para mudar essa realidade.
A partir do famoso “carômetro” organizado pela equipe do Colégio, identificamos as educadoras que atuam em diferentes setores. Ao olhar para os nomes e fotografias, memórias e curiosidades foram despertadas e, assim, avançamos na tarefa de selecionar doze educadoras que protagonizam nossos textos. Alinhados à nossa proposta editorial, tivemos o compromisso de privilegiar mulheres que trabalham em diferentes setores e considerar aquelas que nem sempre estão em diálogo com a maioria dos estudantes no cotidiano escolar.
Tendo decidido quem seriam nossas entrevistadas, voltamo-nos ao estudo dos gêneros. Tínhamos como objetivo aproximar os(as) estudantes da reportagem-perfil e da entrevista como tipos textuais jornalísticos, conhecendo suas características e experimentando-os na prática, desde a elaboração de perguntas, até a edição do material.
Aqui cabe dizer que, neste ano, o grupo é composto por repórteres com mais experiência, que já estão no Falaí! há mais de um ano, e por repórteres iniciantes que, em 2023, somaram-se à nossa equipe. Dessa forma, os desafios são adequados ao tempo de experiência de cada grupo.
Cuidar da coesão entre a produção das duplas ou trios de repórteres e a intenção da equipe editorial foi um dos objetivos trabalhados, pois, mesmo que os tipos textuais sejam diferentes, e que as entrevistas nos conduzam para lugares distintos, a publicação deve ser uma produção coletiva.
Com a colaboração e a gentileza de nossas entrevistadas, pudemos reuni-las em duas salas do Colégio para realizar uma grande sessão de entrevistas. Acompanhados de gravadores e bloquinhos de notas, os repórteres receberam as educadoras e administraram entrevistas nas quais tinham como objetivo entender a história de vida, a atuação profissional e o cotidiano de cada uma delas.
Ao final da sessão, entrevistadores(as) e entrevistadas se juntaram para registrar as fotografias que ilustram cada um dos textos jornalísticos.
De volta à redação, os(as) jovens jornalistas revisitaram os áudios das entrevistas, elaboraram os textos e revisaram o material.
Ao final do processo, construímos uma parceria com a equipe de Projetos Digitais da Editoração, alinhando a produção deste site, o qual dialoga com o projeto gráfico original do Falaí! e contempla as demandas desta publicação. Os(as) estudantes da oficina foram desafiados, também, a se adequarem ao formato, pensando sobre número de caracteres da manchete, por exemplo.
Finalizamos este módulo de estudos do curso com o olhar mais atento às questões de gênero, conhecendo novos tipos textuais e reconhecendo figuras importantes da nossa escola.
Esperamos ter compartilhado esses aprendizados com você também.
Raphael Gonçalves e Tatiana Luz
Professores do Falaí! e editores da publicação